Nayara Ruggeri

Os desfiles em São Paulo continuam, e ontem foi o segundo dia do evento. E, como já tá sendo regra, nós vamos fazer alguns comentários sobre o que teve de mais criativo e surpreendente em cada grife que passou pela Bienal.
Quem abriu a SPFW nesse sábado foi o grande Reinaldo Lourenço, aquele ex-marido da Gloria Coelho e pai do Pedro Lourenço, mas ok.. Vamos ao que ele apresentou ontem.
O estilista se inspirou nas festas privés dos anos 30, segundo o Reinaldo, essa era uma época que as pessoas tinham vergonha de ostentar roupa.
O trabalho com o couro foi o que mais chamou a atenção; o material foi colado fita, por fita, em um tule fino. Mas outra jogada certeira da grife foram as pérolas que participaram da estrutura de alguns looks. A única estampa que apareceu na coleção foi a de "boquinha", que incluiu a cor vermelha onde só existia preto e branco.



A grife Ghetz se uniu ao estilista Lucas Nascimento que havia apresentado sua própria coleção no Fashion Rio. A marca mostrou muitas meias compondo os looks, como a meia 3/4. O que vimos de mais interessante no desfile foram as estampas que foram criadas junto ao escultor britânico Bruce Ingram. Infelizmente, o Lucas não apresentou algo tão criativo como em sua coleção, e foi alvo de críticas.


A maior inovação foi proposta pela Ellus que preferiu levar seus convidados à uma sala de cinema onde transmitiu um filme em 3-D para mostrar sua coleção baseada no estilo rocker. Segundo a marca, o jeans continua firme e forte, com uma lavagem mais clara, no inverno do nosso país sendo acompanhado por muito brilho. O que eu amei ver: look todo branco desfilado por um homem.


Os estilistas Dudu Bertholini e Rita Comparato que estão à frente da Neon trouxeram, mais uma vez, um espetáculo para a passarela da Bienal, com muito humor, ironia e diversão. A coleção foi baseada na bohemia e trouxe estampas muito criativas e ousadas. O desfile foi dividido em duas etapas, e assim como o estilista Reinaldo Lourenço, a grife trouxe a estampa de "boquinha". E como Dudu é um dos responsáveis pela coleção, não podia deixar de faltar a peça que ele tanto ama, o kafta.

O trabalho com texturas foi muito bem realizado pelas estilistas Carolina Gold e Pitty Taliani, para Amapô, que apostaram em um tema bem teen, o pesadelo e a imaginação na adolescência. Apesar do trabalho bem feito, achei que podiam ter carregado menos os modelos, achei que ficou cheio de informação e colocou dificuldade para as pessoas pegarem a ideia. Mas, mesmo assim, o que mais gostei foi a alfaiataria desconstruída.


Quem fechou com chave de ouro o sábado da SPFW foi o criativo Alexandre Herchcovitch. Seu desfile feminino ocorreu e deixou todos atentos na modelo transexual Lea T, que apareceu para fechar o desfile. O estilista apresentou saias largas, peças com excesso de tecido para bem representar o tema da força violenta da natureza. O que o blog amou foram as cores utilizadas, principalmente o amarelo enxofre. Lindo demais!


Inspirador.

fonte: Meu blush